Classificar as coisas, em geral,
não é nada fácil. Quem já tentou classificar as músicas salvas no celular sabe
que essa tarefa mexe com a gente. Dificilmente, há uma certeza absoluta. E que
os artistas costumam mudar de estilo com certa frequência, experimentar coisas
novas.
Se o alvo da classificação for o
hipertexto, o que deve ganhar maior relevância é a forma como os links organizam-no
e significam-no.
Interconectar textos com links. Esta
tarefa pode ser planejada para alcançar diferentes objetivos. Talvez esta seja
a maior contribuição do texto de autoria do professor Luiz Fernando Gomes
“Tipos de Hipertexto”. De fato, importa saber que um hipertexto com objetivos
educacionais pode assumir uma organização, por meio da disposição de links em
sua superfície, bem diferente de outro cujo objetivo é basicamente o
entretenimento, por exemplo, pois, assim, um professor poderá planejar com
maior segurança atividades em cuja base está o hipertexto.
Vamos à classificação de hipertexto nas categorias aberto e fechado, e em subcategorias (linear, reticulado, hierárquico e em rede), conforme o funcionamento dos links:
Figura 1: RosettaStoneâ, um aplicativo para o ensino de línguas, é um exemplo de hipertexto fechado, pois todos os seus links apontam para documentos armazenados no próprio computador. |
Vídeo 1: O Facebookâ é um exemplo de hipertexto aberto, pois é possível acrescentar-lhe links que apontam para outros pontos da web. Nesse caso, o link inserido no Facebook aponta para o Youtubeâ.
Vídeo 2: Exemplo de hipertexto linear ou sequencial. Ele é caracterizado dessa forma porque por meio de seus links o leitor pode apenas fazer os movimentos de ida e de volta entre os textos.
Vídeo 3: Exemplo de hipertexto hierárquico. Ele é caracterizado dessa forma porque há um acesso principal que permite ao leitor o acesso a outros textos.
Vídeo 4: Exemplo de hipertexto reticulado. Ele é caracterizado dessa forma porque permite uma maior liberdade de acesso, porém limitada, já que nem todos os textos estão integrados uns aos outros por meio de links.
Se pensarmos agora nos possíveis efeitos da classificação proposta pelo prof Luiz Fernando para o hipertexto, podemos dizer que, com essa classificação em mente na hora de
produzir um hipertexto, podemos tencionar o leitor a concretizar certos objetivos de leitura ao invés de
outros não desejados. Além disso, o próprio leitor poderá sair-se melhor na leitura, ativando, para isso, e com maior rapidez, estratégias de leitura necessárias
para aquele tipo de hipertexto. De fato, quem sabe com que tipo de material terá de trabalhar tem mais chances de planejar melhor suas atividades.
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