sábado, 10 de outubro de 2015

De volta da greve

Encerrada a greve dos professores da UFAL, que tive início em abril deste ano, voltamos à universidade hoje, dia 07 de outubro. Fizemos um balanço geral das discussões propostas no Plano da Disciplina. Por exemplo, dentre os temas propostas para estudo – hipertexto, gêneros digitais e multimodalidade – apenas um – o da multimodalidade – ainda não foi discutido em sala de aula.
Esperamos discutir esse tema mais afundo na próxima aula, dia 14. Mesmo assim, hoje, 07, adiantamos uma questão: por que nós professores de língua, volta e meia, não conseguimos trabalhar a multimodalidade? A resposta mais espontânea a essa questão é que não fomos preparados para isso. Fomos formados para, basicamente, trabalhar uma única modalidade da língua, a escrita. E o que pode ser ainda pior: somos preparados para ignorar aspectos multimodais na própria escrita! A escrita envolve um rico trabalho semiótico – desenhos de letras, cores, tamanhos, emprego de maiúsculas e minúsculas, espaços em branco na página, etc. –, ao qual nem sempre damos a devida atenção. De fato, às vezes dizemos aos nossos alunos que tudo isso não passa de ornamentação gratuita, ou, ainda, que tudo isso existe por si só, ou seja, não carece de justificativa.
            No que se refere ao ensino da multimodalidade, o problema básico é a nossa ignorância. De fato, para nós professores, o primeiro passo, portanto, é procurar superar a ignorância, sem perder de vista que esse é um passo necessário, porque é básico, mas não suficiente, porque não é o único. É esse passo que nós buscaremos dar a partir da próxima aula, como dissemos antes.

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