Encerrada a
greve dos professores da UFAL, que tive início em abril deste ano, voltamos à
universidade hoje, dia 07 de outubro. Fizemos um balanço geral das discussões
propostas no Plano da Disciplina. Por exemplo, dentre os temas propostas para
estudo – hipertexto, gêneros digitais e multimodalidade – apenas um – o da
multimodalidade – ainda não foi discutido em sala de aula.
Esperamos
discutir esse tema mais afundo na próxima aula, dia 14. Mesmo assim, hoje, 07, adiantamos
uma questão: por que nós professores de língua, volta e meia, não conseguimos
trabalhar a multimodalidade? A resposta mais espontânea a essa questão é que
não fomos preparados para isso. Fomos formados para, basicamente, trabalhar uma
única modalidade da língua, a escrita. E o que pode ser ainda pior: somos
preparados para ignorar aspectos multimodais na própria escrita! A escrita
envolve um rico trabalho semiótico – desenhos de letras, cores, tamanhos, emprego
de maiúsculas e minúsculas, espaços em branco na página, etc. –, ao qual nem
sempre damos a devida atenção. De fato, às vezes dizemos aos nossos alunos que
tudo isso não passa de ornamentação gratuita, ou, ainda, que tudo isso existe
por si só, ou seja, não carece de justificativa.
No
que se refere ao ensino da multimodalidade, o problema básico é a nossa
ignorância. De fato, para nós
professores, o primeiro passo, portanto, é procurar superar a ignorância, sem
perder de vista que esse é um passo necessário, porque é básico, mas não
suficiente, porque não é o único. É esse passo que nós buscaremos dar a partir
da próxima aula, como dissemos antes.
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